CRISE

A crise financeira dos Estados Unidos é um papo meio chato, de adulto, que você não agüenta mais ouvir, né? Mas ela tem tuuuuuuuudo a ver com relacionamento, garota!

O motivo que ocasionou o colapso deste tanto de bancos e sacudiu o mercado norte-americano foi o mesmo que leva ao fim de um relacionamento: a gente aposta em fundos falsos.

Se fia na avaliação dos outros – as meninas do colégio acham ele o máximo? Ah, então, ele deve ser mesmo! O cara é campeão de jiu-jitsu, ah, então ele é tudo de bom!

Ele fala que te ama depois de ter pisado na bola com você e está tudo bem!.

Pois é: você acreditou na imagem, no marketing, na especulação. Em vez de querer colocar lupa e ser criteriosa na avaliação, tapou o sol com a peneira.

Só que, quando o namoro não tem bases fortes, sólidas e consistentes, quando o cara é só fachada, uma hora a crise explode. Você pode não querer enxergar, mas a bolha vai enchendo, enchendo até que estoura, sozinha, dentro de você. E o pior é que a explosão vai ecoar em várias áreas da sua vida, atingindo até quem não tem nada a ver com a sua história de amor. Ou você está achando que vai só dar uma choradinha no quarto escuro e é isso aí, bola pra frente? Não.

Quanto maior tiver sido a sua aposta, mais você vai sofrer as conseqüências.

E junto com você, todo mundo ao seu redor. Provavelmente seu rendimento na escola vai cair, você vai ficar de castigo porque seus pais vão ficar muito bravos com suas notas, vai ser uma companhia mais desagradável para as suas amigas, sem toda aquela alegria de viver. Vai ficar ansiosa, comer bastante doce e engordar. Daí vai ficar triste porque nenhum outro cara está olhando pra você. Mas tudo isso vai durar só por um período. E, se você tomar as medidas certas e tiver de onde tirar outros recursos, ainda tem chance de amenizar muito os efeitos colaterais da crise. Você pode pedir ajuda para as amigas injetarem alguma ajuda extra também: te apresentarem meninos novos (é claro que não vai ser que nem o seu ex-namorado, no começo. É tudo só para amenizar a crise), em vez de matar a ansiedade comendo chocolate, você vai malhar para injetar endorfina no seu organismo e ficar mais alegrinha. Além disso, dizem que as crises são momentos de muito aprendizado e um violento crescimento. É nessas horas que a gente desenvolve nossas habilidades criativas para sobreviver ao pior. E elas vão fazer de você uma pessoa muito mais forte, sábia e menos ingênua. Da próxima vez, você vai enxergar o problema muito antes dele ficar deste tamanho. E cortar o mal pela raiz, antes que ele corte você. Para aprender mais, acompanhe as soluções que o governo dos EUA vão tomar daqui pra frente. E adapte às suas crises (se as soluções deles derem bons resultados a longo prazo, é claro).